segunda-feira, 19 de outubro de 2009
A maior loucura do mundo
O mundo viu um homem humilde, falando em palavras muito simples contra as riquezas. Sim, o que ele disse não deixa margens para outras interpretações. Jesus se colocou em um campo completamente oposto das riquezas. Impossível servir aos dois, assim como é impossível ser uma pessoa viva e morta ao mesmo tempo.
Depois que li isso, o que me impressiona é que cristãos não notam esse aberrante contraste. E seguimos servindo com nossas forças a busca por ter mais e mais, sem ter uma razão específica para isso. Por que mais? Por que alguém disse que precisamos de mais? Para viajar o mundo, trocar o carro todos os anos, comprar dezenas de pares de sapato?
Não sei de onde tiramos tantas necessidades. E passamos os dias para supri-las, nos desesperamos quando não temos, nos endividamos para ter. Uma Bíblia clara, de palavras de sentido explícito declara tantas vezes sua preferência pelos pobres, fracos e oprimidos. E seus seguidores buscam com todas as forças serem ricos, fortes e de bem com a vida.
Onde está a razão?
terça-feira, 21 de julho de 2009
A sub-gente
Seria possível alguém fazer o mal a outro visando uma meta egoísta, mas tida como legitima, como dar condições melhores aos filhos, enfim realizar um sonho da casa própria. Mas e quando um político tem um projeto pessoal, que envolve todo o seu tempo, para conseguir mais influência e assim obter favores, propinas, cambalachos. Para quê? Para ter mais alguns carros de luxos, puxa-sacos, poder, luxo e luxúria. A custo de quê? De uma população semi-analfabeta, sem condições mínimas de qualquer coisa.
À custa de ter uma simplicidade de viver, de olhar o mundo com um bom olho, de ver as pessoas como próximas e não como recursos para atingir fins. À custa de aproveitar pequenas coisas que fazem dos homens grandes, como uma espiritualidade verdadeira, uma palavra e uma vida transparente diante de sua família.
É, político, quem rouba o dinheiro, pode até roubar a dignidade das pessoas. Mas essa dignidade não pode ser desfrutada pelo ladrão. E ele, refém de seus próprios vícios, vai se definhando e descaracterizando completamente. Mal pode-se acreditar que ele foi uma criança um dia, um ser indefeso e ingênuo. Não é possível. Só pode ser que essa laia de gente saia das redes de esgotos...
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Vida ou morte?
Uma delas foi sobre a única certeza que podemos ter em nosso destino: a morte.
Estávamos conversando eu e um colega de trabalho sobre o ocorrido com o Michael Jackson. E nos referimos à morte com ilustrações bem diferentes, exceto por serem ambas bem midiáticas. Para ele, morrer é como desligar uma televisão, pois apaga tudo, indicando um fim repentino e, de alguma forma, irreversível, como o gesto de desligar, seguido de um silêncio e um sinal de que a programação acaba por ali mesmo.
Prefiro a visão de C.S.Lewis, indicada no livro "As Crônicas de Narnia". Contei a meu colega que a morte seria então como a melhor parte da vida, como se toda a nossa existência terrena se resumisse à capa e à primeira página de um livro maravilhoso, cujas histórias que vêm depois são cada vez mais interessantes que as anteriores.
Terrível pensar que por aqui tudo acaba assim, sem mais nem menos, rompendo qualquer esperança, que habita o coração de todos, de haver uma eternidade. Ainda não entendi a graça de viver de uma maneira materialista, tão querida pela pós-modernidade. Será a ilusão de estar certo, pois o que podemos tocar e ver realmente "existe"? Não é possível abrir mão assim, a troco de nada, da imaginação, do mistério, do divino, do espiritual, do que não podemos expressar nem entender, apenas porque não podemos expressar nem entender. Como se todas as coisas que realmente valessem a pena pudessem caber em meu individual e pueril entendimento.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Sou passarinho
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Inovar o olhar para o velho
Ao estudar o Velho Testamento, é impossível não perceber que ele é, mais ou menos, como uma comida indigesta, que muito crente evita experimentar ou aprecia alguns poucos pedacinhos, com moderação. Se um banquete só oferecer dele, pouco a pouco aparecem alguns narizes torcidos de quem não consegue ver no Deus do Velho nenhum sinal do amoroso Deus do Novo. É como se os crentes acreditassem que o temeroso Grande Eu Sou fez uma repaginação orientada por um marqueteiro eleitoral. Ou então eles se esquecem de que se trata de uma mesma pessoa, que por sinal, é imutável.
Como sua aparição no Novo é muito mais “paz e amor”, nos apaixonamos por ele, sempre com vistas grossas ao Deus que parecia um carrasco outrora. E olha que não se pode ler todo o Novo Testamento com essa idéia sempre, pois em Apocalipse, o Deus enfurecido retorna para fechar a história e colocar um pouco de gente no lago de fogo e enxofre.
O problema não é o Velho nem o Novo, mas nosso olhar. Nesse lado ocidental do planeta, a humanidade anda humanizada e humanista demais (isso é uma crítica). Nossa cultura olha demais o individual, para evitar pensar que somos todos parte de um desígnio eterno de Deus, apenas servos e nada mais. Então é uma atrocidade pensar que Deus seria capaz de fuzilar uma pessoa só pelo fato de ela ter tentado ajudar e colocado a mão na arca para não deixá-la cair. O que dizer então de Deus mandar o povo à guerra e de a terra ter se aberto para receber vivos todos os membros (inclusive crianças) de um opositor a um líder?
Talvez essas passagens podem parecer muito indigestas para quem acha que devemos ser pacifistas, moderados, equilibrados e democráticos até as últimas conseqüências e, seguindo nosso heróico exemplo, Deus deveria ser assim também. E se dissermos que esses valores tão disseminados por nossa geração, na realidade, não são tão relevantes assim no Reino de Deus? No meu escasso e prematuro entendimento da palavra, eu diria que Deus se importa mais com obediência, humildade, confiança na sua palavra.
E se o rapaz que colocou a mão na arca tiver desobedecido um preceito em que Deus aponta o tratamento que deve ser dado à arca? Na nossa cabeça humana, humanista e humanizada, pensamos: “coitado, pelo menos teve boa intenção”. E talvez Deus pese de um lado sua boa intenção e de outro sua desobediência e conclua que a obediência seria muito mais importante?
Devemos parar de esperar que Deus se comporte da forma politicamente correta a nossos olhos e se amolde ao nosso padrão de bom-moço. Embora tenhamos tudo customizado a nossos interesses e desejos nessa cultura de consumo, Deus é quem ele é, independente de quem queremos que ele seja. E quem quer servi-lo e amá-lo é convidado a fazê-lo de Gênesis a Apocalipse.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Intermediário
Para evitar esses percalços e sentir-se pelo menos um pouco mais saciado da sede pelo eterno, inventou-se logo de início a profissão de intermediário. Tenha ele o nome que for: pastor, padre, líder espiritual. Alguém que ore por mim, que apresente a Deus as minhas causas, que me ensine o que dele ouviu... Bem mesmo um telefone sem fio.
São importantes os líderes? Não tenho dúvidas que sim, porque nos despertam para coisas que nossos olhos evitam. Mas a alma pode acabar viciada, dado sua preguiça descomunal. Mas não existe uma religião tão individualista como a cristã, quando a vemos por algumas óticas. A questão da salvação é uma, porque é impossível alcançá-la a partir da experiência de quem quer que seja, se não for a própria pessoa. Impossível de delegar ou assinar uma procuração.
Haverá sempre o dia inevitável em que aquela pobre alminha minguada que sempre falou com Deus indiretamente estará de pé diante de toda a plenitude da divindade. O que falará quando o Todo-Poderoso pedir as contas de tudo o que deu a ela?
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Simplificar
E a simplicidade consiste em querer uma coisa só. E a verdade é que queremos tantas... Como obedecer a Deus e retornar ao propósito certo dentro de tantos compromissos comigo mesma? Quero querer só uma coisa, uma só, a essência.
Se for para querer só uma coisa, fico com uma música (do PG) que tem feito parte de minha oração:
Que sejas meu universo, não quero dar-te só um pouco do meu tempo...
Que sejas tudo o que sinto e o que penso!
Não quero a minha vontade, quero agradar-te
E cada sonho que há em mim quero entregar-te
De mudança
Li hoje: “orar é mudar. A oração é a principal via usada por Deus para nos transformar. Se não estivermos dispostos a mudar, deixaremos a oração de lado, e ela não será uma característica perceptível em nossa vida”. Isso porque não podemos ter uma grande aproximação de Deus e continuar do mesmo jeito. Uma vida de oração é também de mudança, e acho que preciso orar, pois as palavras lá da igreja me convencem que estamos por aqui para mudar e mudar de novo. Quem sabe chegaremos à perfeição de Jesus!
Deve ser por isso que o autor desse livro maravilhoso (Celebração da disciplina) diz que todos os que caminharam com Deus consideravam a oração a parte principal da vida. E vejo também que sempre que eu peço em oração que Deus mude uma pessoa, acabo em situações que desafiam a me mudar.
Talvez as pessoas se acostumam tanto a ter intermediários para ouvir de Deus que são as mesmas há muitos anos... Só que o tempo sempre traz mudanças, mesmo para quem não quer. E as decepções fazem um papel de trazer mudança, que a oração não pôde fazer. Elas fazem isso com uma boa dose de armagura e falta de sentido.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Sobre bênçãos e graça
Se eu fosse Deus, arrancava o avental de folha de figueiras de Adão e Eva e mandava eles irem embora pelados! E ainda, quando o povo me rejeitasse e pedisse um rei, eu lhes daria Hitler, com todas as suas câmaras de gás! Mas quem é Deus e seu infinito amor? É aquele que não guarda mágoas, que não paga mal com mal e, quando quer, abençoa, independentemente do que fazemos por merecer.
Isso é graça! É a forma que ele trabalha! É por isso que ricos ainda têm sucesso quando exploram as pessoas. Deus é injusto? Mais do que ser justo, ele é bom! Que eu aprenda com seus passos, Senhor!
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Mulher à imagem de Deus
Deus podia ter tirado a mulher de qualquer pedacinho de Adão, mas preferiu tirar do ladinho. Se fosse do pé, poderíamos achar que era para ela ser inferior. Mas meu Deus não ia fazer um ser que é semelhante a ele para ser inferior a algum outro. Não, meus amigos, não foi Deus quem criou o machismo, foi o pecado humano. Na nossa originalidade, somos apenas mulheres à imagem de Deus.