segunda-feira, 13 de julho de 2009

Vida ou morte?

Como é bom voltar a escrever por aqui... É como um renovo para mim, depois de um tempo de tantas correrias e, por isso mesmo, tão poucas lições!

Uma delas foi sobre a única certeza que podemos ter em nosso destino: a morte.
Estávamos conversando eu e um colega de trabalho sobre o ocorrido com o Michael Jackson. E nos referimos à morte com ilustrações bem diferentes, exceto por serem ambas bem midiáticas. Para ele, morrer é como desligar uma televisão, pois apaga tudo, indicando um fim repentino e, de alguma forma, irreversível, como o gesto de desligar, seguido de um silêncio e um sinal de que a programação acaba por ali mesmo.

Prefiro a visão de C.S.Lewis, indicada no livro "As Crônicas de Narnia". Contei a meu colega que a morte seria então como a melhor parte da vida, como se toda a nossa existência terrena se resumisse à capa e à primeira página de um livro maravilhoso, cujas histórias que vêm depois são cada vez mais interessantes que as anteriores.

Terrível pensar que por aqui tudo acaba assim, sem mais nem menos, rompendo qualquer esperança, que habita o coração de todos, de haver uma eternidade. Ainda não entendi a graça de viver de uma maneira materialista, tão querida pela pós-modernidade. Será a ilusão de estar certo, pois o que podemos tocar e ver realmente "existe"? Não é possível abrir mão assim, a troco de nada, da imaginação, do mistério, do divino, do espiritual, do que não podemos expressar nem entender, apenas porque não podemos expressar nem entender. Como se todas as coisas que realmente valessem a pena pudessem caber em meu individual e pueril entendimento.

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