segunda-feira, 21 de julho de 2008

Digno?


Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro do Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados. Ef 4:1

Esse versículo gera em mim um sentimento meio estranho. Talvez medo. Como ser digno? Todos os dias começo pensando que devo agradar mais a Deus, agir para sua glória. Mas logo no início da manhã, uma dose de realidade aparece diante de meus olhos, roubando a atenção que devo dar às coisas ainda mais reais, as que são eternas.


E depois não sei se chego a me comportar de um modo digno. Não é que roube, mate ou algo assim. É que o que Cristo nos chamou para ser é tão maior, que me parece estranho pensar que fui digna disso apenas porque não menti, não trapaceei, não bebi e não fumei. Fosse só isso, eu acho que seria muito sem graça ser cristã. Mais um monte de leis que apontam uma conduta. O que faz de meu chamado uma aventura é saber que ele começa aqui e não acaba ali. E eu nem sei exatamente o que será de mim daqui para frente, pois o conhecimento de Deus é algo incrível, que deixa as outras coisas dessa vida tão pequenas!

Nessa caminhada sei de três coisas. Uma delas é que ainda demorarei a ser considerada digna de algo tão grande como o evangelho. Outra é que Deus, sim, é digno. Porque Dele, por meio dele e para ele são todas as coisas. E sua graça me alcança com braços envolventes, que me levam para cima e adiante, numa expectativa infinita de ser eterna.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Junto ao verbo

Deus ama os advérbios. Acho que li isso em um livro do Phillip Yancey, e minha perspectiva sobre as coisas foi mudada. Advérbios são palavras que acompanham outras, normalmente verbos, e dão qualidade a elas. Exemplos: normalmente, bem, fervorosamente, mal, etc. Mas Deus não gosta de advérbios porque gosta de gramática. Ele quer sempre saber de nosso coração. Então, ao ver a forma como fazemos as coisas, é possível saber também a motivação que há em nosso coração.
E a Bíblia nos desafia a fazer todas as nossas atividades de todo o coração, como sendo para Deus e não para homens. Há cristãos que acreditam que importa para Deus apenas o sacrifício e o "pagar o preço". Será que Deus realmente se alegra com um sacrifício resmungado? Ou com a atitude de uma pessoa que, por exemplo, lê a Bíblia displicentemente, apenas porque precisa, para pagar o preço? Será?
Em outra passagem bíblica, Deus diz sobre seu povo: "Esse povo se aproxima de mim com a boca, me honra com os lábios, mas o coração está longe de mim. A adoração qe me prestam é feita só de regras ensinada por homens". É. Houve tempos em que eu queria fazer o melhor para Deus, mas me ensinaram que isso era muito custoso e sofrido. Então eu fazia tudo sofridamente, obrigadamente. Sempre eu estava dando a última gotinha de meu sangue em um imenso sacrifício, mas sem o mesmo amor que motivou o de Jesus. Ah! Como foi bom redescobrir que eu poderia servir a Deus com alegria.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Será que eu morreria?

Uma música embala minhas longas viagens de carro nos últimos dois dias. É do Petra. Fala "I don´t know if I could even think I would if I had to die for someone else like me". Me perdoe quem sabe inglês mais do que eu, mas grosso modo ele diz que é até difícil ele pensar na hipótese de morrer por alguém, caso fosse necessário. Isso porque, explica, ele passa o dia cuidando de si: não brinca com fósforo, olha para os dois lados quando atravessa a rua.
Interessante. O exemplo de Jesus nos pede sacrifício, nos pede cruz. É algo que pratico quando acordo às oito da manhã no domingo para ir à escola dominical.Mas será mesmo que morreríamos por um pecador, como ele? Não sei vocês, mas eu também fico cuidando tanto de mim... Durmo cedo, não como gordura, procuro não ficar horas sem me alimentar. Daí vem outra pergunta: será que morreríamos pela causa de Cristo?
Não sou perfeita, mas sei que Deus quer de coração que eu seja. Que eu seja como Jesus. E eu quero ser como ele, o que me faz ver meus defeitos com clareza cada vez maior, pois naõ sou. Repito como o cara do Petra: "I don´t know". Mas eu quero! Eu quero ter o mesmo sentimento que havia em Jesus! E ainda precisarei morrer mais e mais para mim mesma.E ainda agradecerei a Jesus, por ele não ter sido como eu sou e ter tido essa coragem. Sim, amigos, ainda quero ver o mundo da perspectiva dele e oferecer mais de mim a Deus e aos outros.