domingo, 31 de janeiro de 2010

O fim de tudo

Estamos chegando ao fim? Estranho pensar nisso, pois muitas vezes projetamos nosso sentido de eternidade para nossas vidas terrenas. É como se quiséssemos uma eternidade aqui na terra - uma sensação típica de quem não sofre com fome, guerras cruéis e outros sintomas mais perversos de nossa humanidade corrompida. Mas ainda não vi nada material nessa terra que é eterno, e assim também a própria Terra não está destinada a ser, como já nos foi advertido.

Jesus chamou seus seguidores para relembrar seu sacrifício e aguardá-lo. Ele vai voltar. E assim como os primeiros cristãos, nossa perspectiva é de que isso ocorra durante nosso tempo de vida. Nossa vigília, nossa prudência e nossa espera deve ser para esse dia especial.

Por causa de uma corrente teológica mais difundida em nosso tempo, vejo cristãos que pensam que vamos assistir a grande tribulação de camarote lá no céu, depois de arrebatados. Uma perspectiva que casa bem com a teologia da prosperidade, pois Deus nos teria colocado no mundo só para grandes delícias, enquanto todo o resto se corrompe em grandes problemas devidos ao pecado.

Esse pensamento tem alguma perspectiva bíblica, claro, mas não deixa de ser apenas uma ideia de interpretação do Apocalipse. Ele não é a verdade sobre o futuro, é uma interpretação apenas. Não podemos direcionar nossas vidas por essa perspectiva, quando o próprio Jesus fala para seus seguidores o que deveria se feito quando o anti-cristo se manifestasse. Ele fala de fulga, de aguardar a segunda vinda de Jesus. Se tivermos de passar por muitas adversidades antes do arrebatamento, você estará preparado?

sábado, 9 de janeiro de 2010

O sermão


Comecei por Mateus. E, para meu deleite espiritual, já com o sermão do monte. Como é bom saber a visão da nossa vida e existência humana a partir do ponto de vista do próprio Deus! É como se em um ponto as coisas fizessem um pouco mais de sentido em um mundo tão louco, pois é o sentido dado por aquele que nos fez e criou para ele mesmo.
É claro que vou dizer que não tinha ouvido falar do sermão do monte nem que, nos últimos anos, não o tenha lido algumas dezenas de vezes (até mesmo já tenho decorado alguns versículos). Mas acho que o deveria ter lido mais, praticado mais - são as palavras do meu Senhor. É mais fácil ter a fé a partir do ponto de vista do pastor ou de um livro escrito em uma linguagem atual. Mas ao ver o próprio Jesus falando, tenho a fonte certa e inequívoca da minha fé. Ouço sua voz, tenho comunhão.
O próprio Cristo aponta a importância de praticarmos suas palavras, para sermos firmes e inabaláveis, de acordo com o sermão. Para Russell Shedd, "quando o homem de Deus medita nas palavras reveladas pelo Senhor, sua alma ganha força e incentivo para seguir os preceitos divinos. É comparável ao doente que, auxiliado por remédios, vitaminas e alimentos saudáveis, recupera a saúde - e, com ela, a energia, a vitalidade e o entusiasmo".
Junto com o recuperar de minha própria vida, busco também compreender esse novo universo de valores, que é o cristianismo. Ao ouvir falar a palavra de Jesus, penso que nós como sociedade somos qualquer coisa, menos cristãos. Será que não amamos as riquezas? Temos dado a todos aqueles que nos pedem? Nossos olhos são bons? O caminho estreito continua opção de muitos poucos, me parece que é um caminho que vai se estreitando cada vez mais, a medida que vamos percorrendo.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Desafio para 2010

Nada como um grande desafio para o início de uma nova etapa da vida. Escrever neste blog é algo que atrai muito meu coração, mas por um prazo(pode-se perceber) não houve muitas atualizações. Muitas reflexões pairaram e eu não pude expressá-las, afinal nem sempre as falas do Espírito devem ser compartilhadas. Outras vezes, não vale a pena expressar um texto meu, pois o que sinto às vezes é vírgula por vírgula o que já está em um texto alheio. Como não vale a pena ficar reescrevendo o texto dos outros, o que dá vontade é deixar um post: leiam a página tal de tal livro. Não sei se isso também vale a pena.

O fato é que me ocupo agora de um novo ano, novas perspectivas. E o que eu quero para este ano, nesta questão espiritual (que é o alvo desde blog), é ler a Bíblia. Quem tem realmente um relacionamento vivo com Deus conhece a importância desse livro e, por isso, não raras vezes começa o ano com a determinação de o ler todinho. Como no livro do John Stott, “Bíblia toda, o ano todo”.

Só que, amigos, preciso confessar uma falha: minha leitura nunca se completou. Sim, minha leitura da Bíblia é caótica, assim como é também minha agenda, meus pensamentos e minha atitude. Preciso de disciplina. Aí eu imprimo uma planilha e, no começo de um novo ano, começo a marcar o xis na leitura do dia, três capítulos por vez. Como o caos impera (falha minha) em meio de compromissos domésticos, com o marido, com a saúde (-às vezes, com a doença), com as pessoas, tudo me escapa pelos dedos e tenho que recomeçar de novo. E leio um pedacinho aqui e outro acolá, de forma fragmentada. Quem me conhece sabe que faço isso com tudo o que leio e até mesmo falo.

Mas não seguirei meus velhos tropeços. A Bíblia não é como outro livro, é palavra de devoção completa de todos os cristãos. Como uma, eu preciso me ater em examinar o que diz o livro de Deus. Sei que isso pode me transformar em um ser humano melhor. Quem me conhece sabe que preciso bem disso, pois sou um amontoado de falhas. Por isso, contarei com a ajuda deste blog e de meus virtuais possíveis leitores. Compartilharei com vocês minhas impressões. Pode ser que não escreva todos os dias, pois se eu tiver tempo só para ler a Bíblia, é certo que meu compromisso maior é com ouvir Deus, pois só assim posso falar dele. Aí a minha leitura vai seguir algumas metas. Até a Páscoa, quero ler os quatro evangelhos, Atos e Romanos. Não vou ler quatro ou três por dia. Quero deixar fluir quando estiver interessada, também quero me ater a algum detalhe quando for necessário. Aí posto aqui algum esboço do que tenho visto e tentado colocar em prática para aprimorar minha existência neste planeta.

Se alguém quiser me acompanhar por aqui, peço que me dê uma força também. Pois eu sei que a vida com Deus é algo espetacularmente cheio de significado e força. Afinal trata-se de um relacionamento com o que fez e governa todas as coisas. E pela aplicação da palavra, vou perceber ele agindo em mim todos os dias. Isso pode ser de alguma forma tão formidável e assustador, como é o tocar o mundo espiritual. Relembro a frase de um de meus heróis, C.S. Lewis: “Chega uma hora em que as pessoas que ficam brincando com a religião (‘a famosa busca do homem por Deus’) , de repente voltam atrás: ‘já pensou se nós o encontrássemos mesmo? Não é essa a nossa intenção! E, o pior de tudo, já pensou se ele nos achasse’?”. Ao ler a Bíblia, coloco-me mais próximo e na rota de encontrar algo essencialmente real e verdadeiro, ao contrário deste mundo que se torna cada vez mais sutil e virtual. E isso é maravilhoso demais pra mim.

Você também acha que é uma aventura? Então posso dizer que você certamente não pertence mais (todos já pertencemos em algum ponto) a esse mundo de robôs individualistas e materialistas que nunca gastaram cinco minutos considerando seriamente a existência de um ser supremo, inteligente e pessoal, que pode interferir drasticamente em suas vidas.