sexta-feira, 4 de abril de 2008

Guiado pela verdade

Por muito tempo, foi proibido pensar na história da igreja. Os livros estavam escondidos, a celebração era toda em latim. Algo um pouco complicado para uma igreja de seres humanos, naturalmente curiosos, ávidos pelo misterioso. O objetivo dessa triste iniciativa seria conter heresias? Mas uma delas não seria acreditar que o homem, imagem de Deus, deve ter pensamentos direcionados e manipulados?
De fato, toda a vez em que as opiniões não podem ser expressas e discutidas, perde-se a vida, a liberdade pessoal que é dom do Espírito. John Stott manifesta o seguinte pensamento: “A plenitude do Espírito Santo é incompatível com o antiintelectualismo. O Espírito de Deus é Espírito de Verdade. Esse foi um dos títulos que Jesus mesmo deu ao Espírito. Se quisermos estar cheios do Espírito, sua verdade será importante para nós”.
Ganhamos hoje a liberdade de pensamento. Mas isso se tornou num paradoxo. Num mundo em que tantas informações chegam a todo o tempo, nos acostumamos a assistirmos tudo passivamente, como a uma novela na televisão, sem reflexão como se não fossemos os curiosos humanos.
Jesus dizia “quem tem ouvidos para ouvir ouça” para nos apresentar mistérios em forma de parábolas. Sua proposta sempre foi de meditarmos em tudo o que ouvimos e esboçarmos nossa opinião. Hoje seu convite não é diferente. Quero navegar pelos pensamentos que o Espírito me traz, certa de que ele me guiará à verdade.

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