quinta-feira, 24 de abril de 2008

Arrependimento

Li que quanto mais nos aproximamos de Cristo, mais nos damos conta de nossos pecados, erros e natureza má. Por algum tempo, um cristão pode até estar certo de que não há erros para serem consertados. Há erros sim, ele reconhece, mas só aqueles que são esperados e devidos à natureza humana. Nada que exija uma meditação extra, pois ele não está matando, roubando ou se prostituindo. Há mentirinhas, preguiça, murmuração e egoísmo. Nada demais se olharmos o vizinho.
O problema todo é o referencial. Qual deve ser o do cristão, senão o próprio Cristo? Quando olhamos para ele, tudo muda de figura. Ao retornar a atenção para dentro de nós, vemos fraqueza e trevas. Um desejo gritante por ser diferente. Uma necessidade de arrependimento, que só pode ser conquistada e comprovada por mudança espiritual e de ações.
Não sei muito sobre teologia, mas acredito que esse sentimento que deve guiar a ética cristã. Não é a condenação, o medo do inferno. Mas somos atraídos pela luz de Cristo como insetos, pela claridade. E isso nos dá um fôlego para tentarmos a todo o custo sermos diferentes.
Quem sabe, chegar à perfeição! Uma insanidade? Talvez (esse é até meu ponto de vista). Mas é uma insanidade bem embasada na Bíblia, como convém a todas as loucuras do evangelho.

Nenhum comentário: