sábado, 19 de janeiro de 2008

Muito Prazer

Sobreviveu os séculos a idéia de que o prazer não é algo para um religioso. É algo profano, que pertence aos infernos. Na idade das trevas, um cristão não poderia rir. Mal sabiam os sacerdotes da época que os céus não são assim. O nome Éden significa jardim das delícias. E quem criou o prazer foi Deus.

É como um prenúncio de que não somos feitos só de carne, mas temos um espírito. Deus achou bom quando fez a criação. Aprecia muito ter comunhão com homens. Jesus nos falou das bem-aventuranças. O diabo? Até onde eu sei, ele sente inveja e range os dentes. Essa idéia é recado para quem pensa que o inferno é um lugar bacana para se passar a eternidade.

C.S. Lewis mostra uma idéia fantástica em Cartas de um Diabo. O personagem se reconcilia com Deus ao sair para fazer algo que gostava, simplesmente porque gostava. Ele não havia saído para fazer algo para chamar a atenção de alguém, afundar as mágoas ou suprir sua carência. Ele saiu sozinho para fazer algo que gostava e encontrou Deus.

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