Mas as semelhanças não param por aí. A julgar por aqueles que pregam a teologia da prosperidade, imaginaria-se que ambos estiveram muito ricos por aí, já que Deus prometeria isso a seus amados. Mas o que a Bíblia mostra é um Moisés que vagou por um deserto por quarenta anos, liderando um povo rebelde que vez por outra questionava sua autoridade. E lá, quando faltava apenas atravessar um riozinho para enfim chegar ao local que desejou estar durante toda a trajetória, Deus veta sua presença. A ele cabia agora morrer, pois seu serviço estava concluído.
E Paulo não é diferente. Tantas privações, tantos serviços, tantas dificuldades. Nenhum reconhecimento. Pelo contrário, ele mesmo foi rejeitado pelos seus, e teve de abrir mão das posições de destaque que tinha na sociedade em que foi criado. Algo semelhante deve ter ocorrido com Moisés, pois cresceu como filho da filha de Faraó e no final ficou como um escravo fugitivo. Por opção.
E tudo isso para Paulo era refugo. Para Moisés não deveria ser diferente. Por várias ocasiões eles ouviram a voz de Deus falar-lhes claramente. Algo que deve colocar todo o interior de uma pessoa e toda a sua vida em ordem. A voz do amado criador, como a voz de um Pai para um bebê sozinho a noite. A direção certa, que revela a razão deste mundo louco.
Melhor do que todas as riquezas, que as pessoas encontram como o único motivo para servir a Deus. De riquezas eles não tinham nada, nem de muita fama, porque todas essas coisas foram diminuindo ao longo de suas trajetórias com o Senhor. Difícil para nós, que temos uma lógica tão distorcida.
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