O nascimento de Jesus me aponta para uma nova realidade que me deixa em frente a um banquete. É a promessa e o início de um mundo completamente diferente de tudo o que já pensei que haveria. Ao contrário de todo o poder humano, centrado apenas em si mesmo, o Deus encarnado é a promessa de justiça plena. Ele "julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso" (Is 11:4).
Essa é a boa nova do evangelho. Às vezes, como somos cristãos numa era tão individualista, queremos ressaltar sempre que a boa notícia é que Jesus vai apagar a culpa que sentimos em nossos corações e seremos enfim felizes. Sim, é verdade, ele traz paz ao abatido, é perdoador, conselheiro. Mas ele é a promessa de que todas as injustiças e mentiras que vemos terá um fim. Os pobres e oprimidos verão a justiça brilhar. Ele se manifestará em seu reino de glória e não mais viveremos sob tal julgo.
Como é o Reino dos Céus? Fantástico observar alguns vislumbres que a Bíblia aponta. "O lobo habitará com o cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi" (Is 11:6 e 7). Pode até mesmo parecer loucura pensar num mundo em que a própria natureza é mudada, pois sempre entendemos que não há nada de errado com ela, mas somente com o homem (isso pode ser assunto de uma outra reflexão). Mas é interessante perceber que mesmo os instintos mais naturais e desprovidos de pecado também sofrerão a interferência da manifestação de um Deus justo e fiel. Vem, senhor Jesus!
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